Nossa separação do mundo



“Se obedecemos aos mandamentos de Deus, então temos certeza de que o conhecemos. Se alguém diz: “Eu o conheço”, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e não há verdade nele. Porém, se obedecemos aos ensinamentos de Deus, sabemos que amamos a Deus de todo o nosso coração...

Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai. Os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida, tudo isso não vem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam; porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre.”  (I João 2:3-5,15-17)

A verdadeira fé cristã resulta no comportamento amoroso; é por isso que João diz que o modo como agimos pode nos dar a garantia de que pertencemos a Cristo. 

Algumas pessoas pensam que o mundanismo está limitado ao comportamento exterior – as pessoas com quem nos associamos, os lugares que frequentamos, as atividades que apreciamos. O mundanismo  é também interior, porque começa no coração, e é caracterizado por três atitudes: (1) a cobiça pelo prazer físico – preocupação com a satisfação dos desejos físicos; (2) a cobiça por tudo que vemos – almejar e acumular coisas, curvando-se ao deus do materialismo; e (3) o orgulho por nossas posses – obsessão pela condição, posição ou por ser importante.  Potanto, o mundo não se refere à criação física, mas à esfera do mal que opera em nosso mundo sob domínio de Satanás.

Quando a serpente tentou Eva (Gn 3:6) tentou-a nestes aspectos. Semelhantemente, quando o diabo tentou Jesus no deserto, estas foram suas três areas de ataque (Mt 4:1-11). Em contraste, Deus estima o autocontrole, um espirito de generosidade, e o compromisso de servir com humildade.

É possível dar a impressão de evitar os prazeres mundanos e ao mesmo tempo abrigar atitudes mundanas no coração. É também possível, como Jesus, amar os pecadores e dedicar-lhes tempo, enquanto mantemos um forte compromisso com os valores do Reino de Deus.

Quais são os valores mais importantes para você? Suas ações refletem os valores de Deus  ou os valores do mundo?

A decadência moral, descrita em 2 Tim 3:1-2, trará dias trabalhosos porque haverá homens amantes de si mesmos. A decadência espiritual, descrita em 2 Pe 3:3, trará dias em que escarnecedores andarão segundo as suas próprias concupiscências.

Em muitas partes do mundo atual não é muito difícil  ser cristão – as pessoas não são presas por ler a Bíblia ou executadas por pregar a Cristo, mas a lista descrita de Paulo (avareza, presunção, soberba, blasfemia, desobediência aos pais e a Deus, ingratidão, profanação, irreconciliação, calúnia, incontinência, crueldade, desamor, traição, obstinação, orgulho, desafeto) sobre o comportamento das pessoas nos últimos dias, descreve nossa atual sociedade – e, infelizmente, até  o comportamento de muitos cristãos.

O ato de ser religioso como ir à igreja, conhecer a doutrina cristã, usar clichês cristãos e seguir as tradições de uma comunidade cristã, são práticas que podem fazer uma pessoa parecer boa, mas se as atitudes interiores de convicção, amor e adoração estiverem em falta, a aparência exterior não terá sentido.   Examine sua vida, não ceda às pressões da sociedade, não aceite uma posição de conforto sem compromisso.  Resista o mundo e posicione-se contra o mal, vivendo em obediência e de acordo com a vontade de Deus.

Baseado nos comentários de rodapé da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal - CPAD


Adriana Mancini

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